STF

Moraes pede aparte a Cármen Lúcia e exibe vídeo de ameaça de Bolsonaro

Relator da trama golpista pediu a palavra no voto da ministra para mostrar uma fala do ex-presidente em ato na Avenida Paulista

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O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal que julga a trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a palavra à ministra Cármen Lúcia para exibir um vídeo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o ameaça durante uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. A magistrada é a quarta a votar no julgamento do chamado “núcleo crucial”, nesta quinta-feira (11/9).

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Na gravação, o então presidente diz que Moraes deveria “se enquadrar” ou “sair” do Supremo. “Ou esse ministro se enquadra, ou pede para sair. Não é possível que um homem só cause tanto mal ao Brasil”, disse Bolsonaro.

Ao mostrar o vídeo, Moraes classificou a fala como uma ameaça ao Judiciário e como parte da estratégia de golpe. “Isso não é conversa de bar, não é um comentário casual. É um presidente da República, em praça pública, instigando a população contra um ministro do Supremo”, disse.

Cármen Lúcia pode selar o destino de Bolsonaro na Primeira Turma, proferindo o voto que forma maioria pela condenação do ex-presidente e outros sete réus. Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e o ministro Flávio Dino votaram pela condenação. Apenas Luiz Fux votou pela absolvição.

Depois de Cármen Lúcia, ainda vota o presidente da Primeira Turma, o presidente Cristiano Zanin. A sentença final deve ser conhecida nesta sexta-feira (12/9), com a possível dosimetria das penas de condenação.

Até o momento, ela decidiu rejeitar todas as preliminares das defesas dos réus. Ao contrário de Fux, Cármen Lúcia reconheceu a competência da Primeira Turma e do Supremo para julgar a tentativa de golpe. Ontem, o magistrado havia afirmado que o colegiado era “absolutamente incompetente” e que o caso deveria ser anulado, uma vez que os réus não teriam a prerrogativa do foro privilegiado.

Segundo a ministra, mudar o entendimento já firmado seria “casuísmo”. “Sempre votei do mesmo jeito. Sempre entendi que a competência era do STF. Não há de novo pra mim. Vou votar do mesmo jeito que sempre votei”, afirmou.

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