Cármen Lúcia: 'Nesta ação penal pulsa o Brasil que me dói"
Ao abrir sua manifestação, Cármen Lúcia relembrou momentos marcantes da história recente do país
compartilhe
Siga noO Supremo Tribunal Federal retomou nesta quinta-feira (11/9) o julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de integrar a trama golpista de 2022 e 2023. O placar está em 2 a 1 pela condenação, e a expectativa é que o voto da ministra Cármen Lúcia forme maioria no tribunal.
Ao abrir sua manifestação, Cármen Lúcia relembrou momentos marcantes da história recente do país, como a ditadura militar, os dois processos de impeachment de presidentes da República, a redemocratização e a paralisação dos caminhoneiros. Em tom solene, afirmou que cada ação penal impõe um julgamento justo e que o caso em análise é um encontro simbólico do Brasil com sua própria trajetória.
Leia Mais
“O que há de inédito, talvez, nesta ação penal, é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro”, disse a ministra.
Cármen deve acompanhar o entendimento já firmado pelos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que votaram pela condenação do ex-presidente. Ontem, em voto de mais de 12 horas, o ministro Luiz Fux divergiu e defendeu a absolvição de Bolsonaro e a anulação de todo o processo.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
Advogados presentes no julgamento também aguardam que a ministra use parte de sua fala para rebater pontos levantados por Fux em sua manifestação. Depois de concluído o voto de Cármen Lúcia, ficará faltando apenas a argumentação e o voto do ministro Cristiano Zanin.