AMEAÇAS DE MORTE

Morte de Charlie Kirk impulsiona discurso bolsonarista sobre ameaças

No Brasil, a repercussão do crime se materializou no caso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que relatou ter recebido uma ameaça de morte

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O assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, de 31 anos, durante um evento em Utah, nos Estados Unidos, na quarta-feira (10/9), se tornou combustível imediato para um discurso político no Brasil. Lideranças bolsonaristas passaram a relacionar o episódio a uma escalada de violência contra conservadores e, em paralelo, a reforçar denúncias sobre ameaças de morte sofridas por Donald Trump, Jair Bolsonaro e aliados.

“Estou chocado. Apenas 31 anos… Charlie Kirk, jovem de bom coração, criativo e empreendedor, que dedicou sua vida a mobilizar a juventude conservadora nos EUA, nos deixou de forma trágica”, escreveu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “Mais um conservador vítima do ódio e da intolerância”.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou o atentado como “covarde” e disse que ele foi “fruto da intolerância contra valores como o amor a Deus, à família e à liberdade”.

De Kirk a Nikolas

No Brasil, a repercussão do crime se materializou no caso do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que relatou ter recebido uma ameaça de morte logo após comentar o episódio em rede social.

“Nikolas, eu vou te matar a tiros”, dizia a mensagem enviada por um perfil que foi excluído em seguida. O parlamentar reagiu publicamente acusando militantes de esquerda e disse ter mobilizado medidas judiciais e de segurança.

Na quinta-feira (11/9), durante visita ao Espírito Santo, Nikolas confirmou ao Metrópoles que pediu reforço da Polícia Federal e da Secretaria de Segurança do estado. A solicitação também será encaminhada à Mesa Diretora da Câmara para que o esquema de escolta seja permanente.

“Eu já tinha segurança e reforcei para outro nível. Um é da Ufes, e outro é da USP. Disseram que o da USP foi desligado do projeto em que atuava. Também farei pedido à Câmara para reforçar minha segurança. Com a morte do Charlie Kirk, isso se voltou contra mim, com novas ameaças. Tem gente que dizia que o Kirk era o Nikolas americano e que eu sou o Kirk brasileiro”, disse o deputado.

Bandeira política

A proximidade de Kirk com Bolsonaro reforçou a narrativa. Em 2023, os dois se encontraram em Miami, quando o ex-presidente ainda estava na Flórida, após deixar o cargo. Na ocasião, falaram sobre porte de armas, criticaram o Judiciário brasileiro e compararam os riscos de perseguição política no Brasil e nos Estados Unidos.

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Nos EUA, Donald Trump atribuiu o assassinato à “esquerda radical”. No Brasil, aliados de Bolsonaro fizeram coro, ampliando a ideia de que conservadores são alvos de ataques e precisam de proteção.

“O Brasil precisa ficar atento. O que aconteceu com Charlie pode acontecer com qualquer conservador que ouse levantar a voz”, disse à reportagem um deputado governista em reserva.

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