JULGAMENTO

Fux destaca a 'peculiaridade verbal' de Dino, que elogia Moraes

Os dois ministros, que divergiram sobre a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, trocaram diversas provocações ao longo do julgamento

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Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux e Flávio Dino trocaram alfinetadas nesta quinta-feira (11/09), ao final do julgamento do "núcleo crucial" da tentativa de golpe de Estado, que teve o ex-presidente Jair Bolsonaro como líder.

Em suas considerações finais, Dino saiu em defesa do colega Alexandre de Moraes, que vem sendo acusado de usar o processo judicial como vingança por ter sido alvo de bolsonaristas desde meados de 2021.

"É falso, mentiroso, todo discurso de que o ministro relator age com uma indevida motivação política. Isso é uma mentira que deseduca a sociedade. Normalmente, quem faz esse discurso desta hermenêutica exótica são aqueles que, de fato, politizam os julgamentos", afirmou Dino.

Em diversos momentos do julgamento, Fux, que foi o único a votar pela absolvição de Bolsonaro, afirmou que não tinha sentimento revanchista, chegando inclusive a alegar que, mesmo tendo sido alvo de um monitoramento ilegal, não buscava vingança.

As falas foram direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes, que, além de ter sido alvo de críticas de bolsonaristas por anos, foi sancionado pela Lei Magnitsky por ser o relator do caso do ex-presidente e era um dos nomes que apareciam no plano "Punhal Verde e Amarelo", que previa o assassinato ou a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro, que deveria ser levado à sede dos "kids pretos", forças especiais do Exército, em Goiânia.

"Depois destas sensíveis palavras do ministro Flávio Dino, como é de sua peculiaridade verbal, vou me limitar a dizer que não vou participar da dosimetria", respondeu Fux.

Em outra oportunidade, Dino chegou a criticar, sem nomear, o voto de Fux, que decidiu pela absolvição de seis dos oito réus, alegando que não havia indícios de que alguns deles, como Bolsonaro, tivessem ciência do plano do então ajudante de ordens da presidência, Mauro Cid, e do candidato a vice, Braga Netto (PL), de não permitir a posse de Lula e de manter Bolsonaro no poder.

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Fux também criticou o foro em que o julgamento ocorreu, defendendo que ele deveria ser encaminhado à primeira instância ou ao plenário da Suprema Corte.

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