Dino provoca Fux após voto que condena Cid e absolve Bolsonaro
Fux afirmou que não há elementos que indiquem que Bolsonaro sabia dos planos de golpe; em relação a Cid, apontou que o réu agiu para abolir o Estado de Direito
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Siga noAo final do voto de Luiz Fux no STF para absolver Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, o ministro Flávio Dino provocou o colega.
Dino perguntou se o voto seria para condenar Cid e absolver os demais. Fux respondeu que ainda dará seus votos sobre o general e ex-ministro do GSI Augusto Heleno, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
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Com o voto de Fux, o placar na Primeira Turma do STF está em 2 a 1 a favor da condenação de Bolsonaro. Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação. Ainda faltam os votos de Cármen Lúcia e do presidente Cristiano Zanin. Em caso de duas divergências, réus ou acusação podem recorrer ao plenário do STF, onde os 11 ministros votarão.
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Até o momento, Fux se posicionou sobre cinco crimes envolvendo oito réus. Além de Bolsonaro, ele votou pela absolvição do almirante Almir Garnier, que teria disponibilizado a Marinha para auxiliar na tentativa de ruptura democrática.
Apenas Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada, foi considerado culpado por Fux, e apenas pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
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Em relação ao ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), Fux votou pela suspensão da ação penal.