JULGAMENTO DE BOLSONARO

Fux compara julgamento do golpe ao Mensalão e aponta volume de provas

Ministro elogia trabalho de Paulo Gonet e de Alexandre de Moraes, mas destaca que 70 terabytes de material exigiram atenção máxima para garantir ampla defesa

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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), comparou nesta quarta-feira (10/9) o tempo e a complexidade do julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao do Mensalão, destacando o volume recorde de provas.

Em sua fala, afirmou que, apesar do tempo relativamente curto entre a investigação e o julgamento, a quantidade de provas exigia uma análise minuciosa. Ele também comparou o julgamento, ao Mensalão, que, segundo o ministro, demorou dois anos apenas para a conclusão da instrução e cinco anos para o julgamento.

Em seu voto, Fux elogiou o trabalho do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e do relator, ministro Alexandre de Moraes, mas afirmou que a grande quantidade de dados apreendidos, 70 terabytes de mensagens, vídeos e documentos, tornou a elaboração do voto “extremamente difícil”. Segundo ele, o acesso completo ao material foi essencial para que a defesa pudesse exercer plenamente seu direito à ampla defesa.

“Passados na denúncia, é preciso que a defesa tenha também acesso a ilegalidades. O acesso amplo permite ao advogado conhecer a totalidade do acervo”, disse Fux.

Entenda o julgamento contra o ex-presidente

Em quais dias acontece o julgamento?

  • 2 de setembro – das 9h às 12h e das 14h às 19h (primeiro dia de julgamento);

  • 3 de setembro – das 9h às 12h; (segundo dia de julgamento);

  • 9 de setembro – das 9h às 12h e das 14h às 19h;

  • 10 de setembro – das 9h às 12h;

  • 12 de setembro – das 9h às 12h e das 14h às 19h.

Quem são os réus no julgamento?

  • Jair Bolsonaro: Ex-presidente, apontado como líder do esquema.

  • Generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira: Ex-ministros.

  • Anderson Torres: Ex-ministro da Justiça.

  • Almirante Almir Garnier: Ex-comandante da Marinha.

  • Alexandre Ramagem: Deputado federal e ex-diretor da Abin.

  • Tenente-Coronel Mauro Cid: Ex-ajudante de ordens e delator.

Quais são as acusações?

  • Organização criminosa (3 a 8 anos de prisão, podendo chegar a 17 anos se houver uso de arma de fogo ou participação de funcionário público);

  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos de prisão);

  • Golpe de Estado (4 a 12 anos de prisão);

  • Dano qualificado (6 meses a 3 anos de prisão);

  • Deterioração de patrimônio tombado (1 a 3 anos de prisão).

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O rito do julgamento

Quem julga Bolsonaro e aliados?

  • Alexandre de Moraes (Relator)

  • Cristiano Zanin (Presidente)

  • Flávio Dino

  • Luiz Fux

  • Cármen Lúcia

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