Viana sobre a prisão do 'Careca do INSS': 'Apenas o primeiro passo'
Presidente da CPMI do INSS afirma que há outros suspeitos que precisam ser detidos e prestar esclarecimentos
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Siga noO senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social, disse que a prisão do "careca do INSS" é apenas "o primeiro passo". Na manhã desta sexta-feira (12/9), a Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal, em mais uma fase da operação que mira descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas.
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Os detidos foram Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", preso em Brasília, e o empresário Maurício Camisotti. “A prisão dos dois é apenas um primeiro passo, porque nós temos outros suspeitos que também precisam ser presos. São dirigentes de sindicatos, de associações que participaram de empresas fantasmas que recebiam e desviavam o dinheiro roubado dos aposentados, dinheiro público do nosso país. Nós não vamos parar”, disse o senador ao Estado de Minas.
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O senador também informou que vai protocolar um pedido à Presidência do Senado e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que os depoimentos do Careca do INSS e de Maurício Camisotti à CPMI sejam mantidos na próxima segunda e quinta-feira, respectivamente.
Ainda segundo Viana, a CPMI já solicitou ao Supremo Tribunal Federal a prisão de mais 19 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema.
A nova fase da operação, chamada Operação Cambota, apura crimes de embaraço de investigação, dilapidação e ocultação de patrimônio, além de possível obstrução da investigação por alguns investigados.
Os dois presos hoje são apontados como operadores de um mega esquema fraudulento que lesou 4 milhões de aposentados e pensionistas do INSS através de descontos associativos não autorizados nos benefícios.
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Em operações anteriores, a PF já apreendeu veículos de luxo avaliados em mais de R$ 3 milhões na casa do Careca do INSS.