BELO HORIZONTE

MP denuncia assassino confesso de gari e anuncia ‘live’ nas redes; entenda

Ministério Público disse que fornecerá outros detalhes do documento remetido ao Poder Judiciário na manhã desta quinta (11/9), em coletiva à imprensa

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Renê da Silva Nogueira Júnior, assassino confesso do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em Belo Horizonte, foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), informou o órgão nesta quinta-feira (11/9). Agora, caberá à Justiça analisar a peça acusatória e, posteriormente, qualificar Renê como réu por homicídio duplamente qualificado.

Além disso, o Ministério Público disse que fornecerá outros detalhes do documento remetido ao Poder Judiciário em coletiva à imprensa, que terá transmissão ao vivo, a partir das 9h desta sexta-feira (12/9), no canal do MPMG no YouTube (acesse aqui).

Nesta quinta, a Polícia Civil informou que a delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa de Renê, foi indiciada por prevaricação. Ela, que está afastada por motivos de saúde desde 13 de agosto, já havia sido indiciada por porte ilegal de arma de fogo, pois teria permitido que o marido usasse sua arma profissional. 

Conforme o Código Penal, a prevaricação acontece quando um funcionário público retarda ou deixa de praticar um ato de ofício por motivo de interesse. A Polícia Civil, no entanto, não esclareceu as circunstâncias do indiciamento por esse crime.

Ao Estado de Minas, o advogado da delegada, Leonardo Avelar Guimarães, esclareceu que a suspeita de prevaricação decorre do entendimento de que sua cliente sabia do homicídio cometido pelo marido e deixou de reportar às autoridades ou, ainda, prendê-lo.

Renê da Silva Nogueira Júnior está preso desde o dia do crime, ocorrido em 11 de agosto. Ele está custodiado no Presídio de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

resultado das investigações foi divulgado 18 dias após o homicídio. Ele responde por homicídio duplamente qualificado — por motivo fútil e por meio que dificultou a defesa da vítima —, ameaça à motorista do caminhão de coleta e porte ilegal de arma de fogo. A pena pode chegar a 35 anos.

Inicialmente, Renê negou ter cometido o crime e passado pelo local. Ele chegou a dizer que saiu de casa, no Bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na Região Metropolitana, direto para o trabalho em Betim, também na Grande BH.

No entanto, o álibi foi derrubado durante as investigações. A polícia obteve imagens nítidas de Renê guardando a arma de sua esposa e também do carro dele. Além disso, exames de microbalística confirmaram que o projétil que matou Laudemir saiu da arma da delegada Ana Paula. Diante das evidências, uma semana após o crime, Renê confessou ter atirado na direção do gari.  

O dia do crime

No dia 11 de agosto, Laudemir trabalhava junto com outras quatro pessoas, na Rua Modestina de Souza, no Bairro Vista Alegre, por volta das 8h55, quando a motorista do caminhão, uma mulher de 42 anos, parou e encostou o veículo para que uma fila de carros pudesse passar. 

Em determinado momento, o último veículo, modelo BYD, da cor cinza, conduzido por Renê, teria enfrentado dificuldades para passar pelo caminhão. Por isso, a motorista e um dos garis teriam indicado ao motorista que o espaço seria suficiente.

Em depoimento à Polícia Civil, a condutora do caminhão de coleta, identificada como Eledias Aparecida Rodrigues, afirmou que, enquanto recebia as instruções dos funcionários, Renê pegou uma arma preta, fez movimento para engatilhar e, apontando para ela, disse: “Se você esbarrar no meu carro, eu vou dar um tiro na sua cara. Duvida?”.

Diante das ameaças feitas à colega, uma segunda testemunha afirmou que os demais trabalhadores tentaram acalmar o motorista e pediram que ele seguisse seu caminho. Mesmo assim, segundo o boletim de ocorrência, Renê desembarcou com a arma em punho, deixando o carregador cair. Ele então o recolocou, manobrou a arma e efetuou um disparo em direção à vítima.

Laudemir chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital Santa Rita, no Bairro Jardim Industrial, em Contagem, mas morreu.

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