Festa argentina La Pachanga ocupa a Praça da Liberdade
Neste sábado (13/9), música e gastronomia típicas do país vizinho são a atração. Ingressos gratuitos devem ser retirados pelo Sympla
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O termo em espanhol “pachanga” pode ser traduzido como a famosa “farra” brasileira – uma festa animada, com música, comidas e bebidas, que ninguém quer que acabe. É entretenimento desse tipo que promete a festa argentina La Pachanga, a ser realizada neste sábado (13/9), das 12h às 20h, na Praça da Liberdade.
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O evento gratuito reúne gastronomia, música e dança, com destaque para o tango. Entre as atrações estão o quarteto de músicos Tango Revirado, do Rio de Janeiro; o cantor argentino Alberto Cabañas, radicado em São Paulo, e a dupla de dançarinos da escola de tango Polémica en el Bar, Sebastian Bautista e Vanessa Oliveira.
Sebastian e Vanessa fazem intervenção de dança durante o show de Alberto Cabañas, às 14h30, e se apresentam com o Tango Revirado, às 16h30. “É mais que um show, é um cenário. Você dança com a dama por aqui e por lá, joga para cima e para baixo. Completa o local com uma forma de teatro e emoção”, explica o coreógrafo Sebastian Bautista, fundador da Polémica en el Bar.
“Tango passional”
Os números de dança mesclam o estilo tradicional do tango e elementos mais populares nos dias de hoje. O que o coreógrafo chama de tango passional é a união entre “o que o cantor típico de Buenos Aires canta na cidade todas as noites e aquilo que leva a paixão do dançarino”, segundo diz.
Alberto Cabanãs apresenta repertório de músicas de baile, reunindo gêneros como a pachanga – como também é chamado o estilo que mistura merengue e ritmos cubanos –, o tango e a milonga. A milonga é uma variante do tango própria na Argentina.
“Ninguém sabe quem inventou o tango até hoje. Foram os homens que começaram a dançar, porque a mulher não tinha permissão. Os homens não eram muito delicados para isso, então cada um fazia um passo diferente, que o outro respondia. Era fantástico. Depois, as damas começaram a dançar e o ritmo estourou na Argentina e em todos os países do planeta”, diz o cantor e compositor.
Ambos artistas se mudaram da Argentina para o Brasil com o desejo de conhecer o país. Ao encontrar a possibilidade de construir carreira no país, difundindo a cultura argentina, se radicaram. “Sou uma pessoa que não gosta de deixar o sonho no travesseiro. E um dos meus sonhos era viver, conhecer e morar no Brasil”, diz Sebastian.
Escola de dança em Sete Lagoas
O coreógrafo se formou como professor de tango aos 17 anos. Quando saiu da Argentina, não tinha a intenção de se dedicar totalmente às aulas, pois via o tango como passatempo. Após conseguir alguns alunos, decidiu fundar a escola de dança em Sete Lagoas. “Percebi a oportunidade de continuar crescendo na cidade e fazer o que mais gosto, que é mostrar a minha cultura”, afirma.
Para Alberto, o processo foi similar. Logo quando chegou ao país, queria aproveitar a visita. Em uma noite, ao sair para um bar, encontrou outro argentino que estava na cidade e foi convidado a cantar. Desde então, já se vão quatro décadas em solo brasileiro.
“Argentina e Brasil são dois países que, apesar de não falarem o mesmo idioma, o que seria fantástico, têm muito amor entre eles. De tudo que conheço da Europa e das três Américas, o amor dos dois países acaba com essa besteira que alguns têm de pensar que somos inimigos. Até hoje isso me dá vontade de dar risada, porque, de todos os países da América, Argentina e Brasil são os mais amigos”, afirma Alberto Cabañas.
Além das apresentações, a La Pachanga também conta com área gastronômica, da qual participam a Pizza Sur Vale do Sol, a Sorveteria Universal, do chef Dudu Jáber, quatro estações de assadores e seleção de vinhos argentinos.
LA PACHANGA
Festa argentina, neste sábado (13/9), das 12h às 20h, na Praça da Liberdade, Funcionários. Entrada gratuita, mediante a retirada de ingressos na plataforma Sympla.
* Estagiária sob supervisão da editora Silvana Arantes.