Google Cloud: 74% dos brasileiros já usam assistentes de IA no trabalho
Pesquisa inédita aponta benefícios, riscos e revela que aprendizado em IA já supera idiomas como prioridade para profissionais
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Siga noA transformação do trabalho pela inteligência artificial ganhou novos contornos com a divulgação do estudo “Work: In Progress – Descobertas de como a IA está transformando o Trabalho”, conduzido pelo Google Workspace em parceria com a IDC e a Provokers. A pesquisa revela que 74% dos profissionais brasileiros já utilizam assistentes de IA em suas atividades, ainda que, em grande parte, recorram a ferramentas desenhadas para o consumidor final, e não para o ambiente corporativo.
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Um dos principais alertas do levantamento é que 47% dos brasileiros reconhecem os riscos de adotar soluções pessoais em empresas, o que evidencia a necessidade de plataformas seguras e adaptadas ao contexto profissional. Para Alberto Zafani, head do Google Workspace no Brasil, há uma oportunidade clara para que organizações promovam a adoção de assistentes de forma estruturada:
“O brasileiro tem sido proativo no uso da IA, mas ainda falta às empresas oferecer ferramentas seguras e treinamentos que permitam ampliar esse impacto nos negócios”, afirmou.
O estudo foi realizado entre abril e junho de 2025, com 3.569 profissionais de Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México. A amostra incluiu desde executivos C-level até assistentes de empresas de diferentes portes e setores, como manufatura, varejo, educação, finanças, saúde e setor público.
Benefícios percebidos e usos mais frequentes
O estudo aponta ganhos diretos no uso de assistentes pessoais de IA: velocidade (54%), qualidade (55%) e aplicação prática (47%). Entre as tarefas mais comuns estão análise de dados (57%), busca por informações (55%), revisão e tradução de textos e e-mails (55%) e criação de textos claros (53%). Curiosamente, 45% dos brasileiros afirmam sentir-se mais seguros com assistentes pessoais do que com soluções fornecidas por suas empresas.
“Mais uma novidade, lançada hoje para clientes do google workspace é a tradução simultânea de voz no google meet do inglês para o português. É a possibilidade de trazer acessibilidade em tempo real”, diz Alberto.
Aprender IA já é prioridade maior que dominar idiomas
Outro achado relevante é que aprender a usar IA se tornou uma prioridade profissional acima de dominar um segundo idioma. No Brasil, 47% dos trabalhadores buscam conhecimento de forma autodidata, sobretudo por pesquisas na internet. Para os próximos dois a cinco anos, 32% querem dominar assistentes de IA, enquanto apenas 30% priorizam novos idiomas. Cursos de pós-graduação aparecem em posição ainda mais baixa, com apenas 12% considerando-os prioridade hoje.
“No Google Workspace, integramos a IA para democratizar seu uso em organizações de todos os portes. O objetivo não é substituir pessoas, mas liberar tempo para que se concentrem em inovação e estratégia”, destacou Zafani.
A pesquisa também investigou modelos de trabalho. Apesar de o presencial ainda predominar no Brasil (60%), o híbrido flexível desponta como o formato mais desejado por 93% dos profissionais. Mais da metade dos brasileiros (56%) afirma que estaria disposta a mudar de emprego para obter o modelo de trabalho ideal.
Adoção de agentes de IA no Brasil acelera negócios, impulsiona ROI e redesenha estratégias corporativas
Um segundo estudo, o “Retorno do Investimento (ROI) em IA” – 2025”, revela que 62% dos líderes brasileiros já implementam agentes de IA em toda a organização, destacando marketing (55%), experiência do cliente (54%) e cibersegurança (52%) como principais áreas de aplicação.
O estudo inédito do Google Cloud mostra que mais da metade das empresas no Brasil e no México pretende alocar 50% ou mais do orçamento futuro de IA para agentes, reforçando o papel estratégico dessa tecnologia.
Os ‘Agentic AI Early Adopters’, empresas pioneiras na implementação de agentes de IA, apresentam resultados ainda mais expressivos, com 93% obtendo retorno em pelo menos um caso de uso, principalmente em marketing (61%), atendimento e experiência do cliente (50%) e vendas (48%). Além disso, 53% das organizações brasileiras e mexicanas relatam aumento anual de receita entre 6% e 10% decorrente do uso da IA generativa.
“A grande novidade é a inclusão dos agentes de IA, com o destaque para o Brasil que possui empresas que já utilizam essa estratégia em diversos setores dentre das empresas. No geral, a produtividade individual, principalmente em TI, aumentou o dobro com a utilização das plataformas de IA”, revela Fernanda Jolo, diretora de engenharia de clientes de IA para América Latina do Google Cloud.
O levantamento também aponta que 80% das empresas brasileiras percebem forte alinhamento entre a IA generativa e os objetivos de negócio, enquanto 48% dos executivos latino-americanos têm transferido recursos de outros setores para financiar a tecnologia.
No Brasil, 60% das organizações garantem orçamento dedicado à IA generativa, sem afetar outras áreas, e nenhuma empresa informou não ter planos significativos de financiamento para essa tecnologia, evidenciando a crescente prioridade estratégica da IA no ambiente corporativo.