Se precisar, peça ajuda: a importância de falar sobre saúde mental
Ansiedade, desesperança, irritabilidade, perda de interesse, falta de perspectiva em relação ao futuro e negligência de autocuidado são sinais de alerta
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Siga noO mês de setembro é marcado pela campanha Setembro Amarelo, movimento mundial dedicado à conscientização sobre a prevenção ao suicídio e promoção da saúde mental. Desde 2015, quando a iniciativa começou no Brasil, o objetivo tem sido quebrar tabus, reduzir estigmas e incentivar o diálogo aberto sobre um tema que ainda é cercado de silêncio.
Em 2025, o Centro de Valorização da Vida (CVV) reforça essa missão com o tema: “Conversar pode mudar vidas”, destacando que ouvir e acolher alguém que sofre em silêncio pode ser transformador.
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Neste contexto, a psicanalista Araceli Albino, presidente do Sindicato dos Psicanalistas do Estado de São Paulo, chama atenção para a necessidade de pedir ajuda: “O suicídio não acontece de forma repentina. Ele é resultado de um sofrimento profundo, que muitas vezes poderia ser prevenido se houvesse espaço para falar e ser ouvido. Se precisar, peça ajuda. Esse é o passo mais importante para romper o ciclo de dor e desesperança”, destaca.
Os números são alarmantes: 14 mil pessoas tiram a própria vida por ano no Brasil, segundo estimativas recentes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o suicídio é a segunda principal causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos e a quarta entre jovens de 20 a 29 anos.
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Entre os sinais de alerta que merecem atenção, estão:
- Alterações emocionais, como ansiedade, tristeza intensa, desesperança ou irritabilidade
- Mudanças nos hábitos cotidianos, com perda de interesse por atividades antes prazerosas
- Desinteresse e falta de perspectivas em relação ao futuro
- Negligência no autocuidado básico, como alimentação, higiene ou adesão a tratamentos médicos
Araceli reforça que o acolhimento profissional é fundamental. “A escuta qualificada pode salvar vidas. Quando alguém encontra espaço seguro para falar sobre suas dores, abre-se uma possibilidade real de transformação. Não é fraqueza pedir ajuda, é um ato de coragem.”
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