Durante julgamento de Bolsonaro, banheiros químicos são incendiados no DF
Lucas Ferreira Alves, principal suspeito de incendiar 26 banheiros químicos na Esplanada, foi preso. Em depoimento, ele negou o crime
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Siga noEm meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados por tentativa de golpe de Estado, 26 banheiros químicos foram incendiados na Esplanada dos Ministérios na manhã desta terça-feira (9/9).
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O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) afirmou que atendeu a uma ocorrência de incêndio às 11h24 em frente ao Museu Nacional.
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"A equipe se deparou com intensa fumaça e chamas altas. Imediatamente, os militares armaram linhas de mangueiras e iniciaram o combate direto ao fogo. Em poucos minutos, as chamas foram controladas e extintas", afirmou o capitão Jean Charles.
Suspeito foi preso
O principal suspeito de incendiar os 26 banheiros químicos, Lucas Ferreira Alves Cirilo da Silva, de 22 anos, já é conhecido da polícia, de acordo com o delegado da 5° DP, Sérgio Bautzer. "Há duas semanas, realizei a prisão dele por furto em uma loja na Rodoviária do Plano Piloto", afirmou. Além desse, durante o fichamento, outros crimes foram constatados, como furtos e violência doméstica.
Segundo o delegado, a razão mais provável para o crime seria a compra de entorpecentes. "Ele é usuário de drogas e, provavelmente, queimou os banheiros para recolher e vender os ferros que sobrassem", afirmou Sérgio Bautzer.
Prisão
O reconhecimento do suspeito só aconteceu graças a imagens de câmeras de segurança perto do local. A major Talita, da PMDF, explicou como a prisão foi realizada. "Tivemos acesso a imagens de câmeras de segurança do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e vimos o suspeito se aproximando dos banheiros", contou. Ela afirmou que, depois de o homem sair de perto dos sanitários, a fumaça e o fogo começam.
Durante a revista de Lucas, alguns itens que o ligam ao crime foram encontrados. "Além de uma faca, também foram encontrados dois botijões de gás butano e um isqueiro", acrescentou. A policial informou que o suspeito não ofereceu resistência ao ser abordado.
Segundo Bautzer, o jovem de 22 anos estava "deslocado da realidade" durante o depoimento. "Ele (o suspeito) negou que tenha cometido o crime e chegou a perguntar se tínhamos provas contra ele", disse.
Lucas ficará na 5° DP até esta quarta-feira (10/9), quando será encaminhado para a carceragem da Polícia Civil e ficará à disposição da Justiça. O crime de incêndio não tem fiança e possui pena mínima de três anos e máxima de seis.
Com informações de Luiz Fellipe Alves, do Correio Braziliense
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