EUA quer investimentos da Coreia do Sul, enquanto avião busca sul-coreanos detidos no país
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Siga noOs Estados Unidos indicaram, nesta quarta-feira (10), que querem investimentos da Coreia do Sul, enquanto o país asiático envia um avião para repatriar centenas de trabalhadores sul-coreanos detidos em uma operação anti-imigração que abalou este aliado de Washington.
Trabalhadores sul-coreanos eram a maioria das 475 pessoas presas na semana passada em uma fábrica de baterias Hyundai-LG em construção no estado da Geórgia, segundo agentes de imigração.
A operação foi a maior batida em um único local realizada sob a campanha contra a imigração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de acordo com um investigador.
O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Cho Hyun, voou para Washington, onde foi recebido a portas fechadas pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que emitiu um comunicado saudando a resiliência da aliança com Seul.
Rubio disse que os Estados Unidos "recebem com satisfação o investimento da República da Coreia (nome pelo qual o país é oficialmente conhecido) nos Estados Unidos e expressaram seu interesse em aprofundar a cooperação nesse âmbito", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Tommy Pigott.
Cho qualificou a detenção em massa de sul-coreanos como uma "situação grave" e comprometeu-se a garantir o retorno rápido dos trabalhadores ao seu país "em boas condições de saúde".
Antes de partir, Cho disse aos parlamentares sul-coreanos que havia sido alcançado um "acordo provisório" com as autoridades dos Estados Unidos para garantir que os trabalhadores detidos não enfrentassem sanções, como uma proibição de retorno de cinco anos.
Um Boeing 747-8I da Korean Air, com capacidade para mais de 350 passageiros, saiu de Seul nesta quarta-feira, informou um representante da empresa à AFP.
Embora não tenha sido divulgado um horário oficial para o voo de retorno, autoridades sul-coreanas indicaram nesta quarta que houve um atraso "devido a circunstâncias do lado dos Estados Unidos", sem fornecer detalhes.
"Estamos em consultas próximas com as autoridades americanas para assegurar a partida o mais breve possível", afirmou o Ministério das Relações Exteriores em nota.
Além de ser um aliado-chave de segurança de Washington, a Coreia do Sul é a quarta maior economia da Ásia e um importante fabricante de automóveis e produtos eletrônicos, e suas empresas possuem múltiplas fábricas nos Estados Unidos.
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