Projeto leva capacitação sobre TDAH a professores de BH
"TDAH Levado a Sério na Escola" deve impactar mais de 100 educadores do ensino fundamental das redes públicas e privadas de Belo Horizonte
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Siga noA indústria farmacêutica Apsen, em parceria com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), realiza, neste sábado (13/9), mais uma etapa do projeto itinerante “TDAH Levado a Sério na Escola”.
A iniciativa, que passou por São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belém (PA) e Porto Alegre (RS) em 2025, chega agora à capital mineira para capacitar mais de 100 professores e educadores do ensino fundamental I e II de escolas municipais, estaduais e particulares de Belo Horizonte (MG).
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“Os professores são, muitas vezes, os primeiros a perceber sinais de desatenção e hiperatividade que comprometem o aprendizado. Reconhecer esses sintomas é essencial para que o diagnóstico e o tratamento ocorram de forma precoce e eficiente. Por isso, esse projeto é tão especial pra nós, pois cumpre um papel social relevante, fortalecendo a inclusão escolar e o desenvolvimento de quem está na linha de frente no dia a dia escolar desses estudantes”, reforça Renata Spallicci, vice-presidente executiva da Apsen.
A programação do evento inclui palestras e dinâmicas sobre diagnóstico e tratamento do transtorno, estratégias de apoio a famílias e equipes pedagógicas, além de debates sobre o papel da escola na inclusão e cidadania de crianças e adolescentes com TDAH.
O projeto impactou diretamente mais de 600 educadores em diferentes cidades do país e busca ampliar o conhecimento sobre TDAH na sala de aula, apoiar práticas pedagógicas e incentivar uma educação inclusiva e acolhedora.
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Cenário e diagnóstico
No Brasil, estima-se que cerca de 5% das crianças em idade escolar convivam com o transtorno. Quando não diagnosticado ou tratado de forma adequada, o TDAH pode impactar a vida acadêmica, profissional e social, além de afetar a autoestima e aumentar o risco de problemas de saúde mental.
O diagnóstico deve ser realizado por um médico especialista (psiquiatra, neurologista ou pediatra), por meio de uma anamnese detalhada. Embora a escala SNAP-IV seja utilizada para rastreio dos sintomas, a avaliação clínica completa é indispensável. Entre os principais sinais que podem surgir na infância estão:
- Dificuldade em prestar atenção a detalhes e cometer erros por descuido
- Problemas para manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer
- Parecer não ouvir quando alguém fala diretamente
- Não seguir instruções até o fim, deixando tarefas incompletas
- Desorganização em atividades escolares ou cotidianas
- Resistência a tarefas que exigem esforço mental prolongado
- Facilidade em se distrair e perder objetos
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Tratamento
O tratamento do TDAH deve ser individualizado e considerar idade, diagnóstico e necessidades específicas de cada paciente. O tratamento farmacológico é, na maioria dos casos, a primeira linha terapêutica, ajudando a melhorar foco, concentração, controle emocional e desempenho escolar e social.
No Brasil, a atomoxetina é o único medicamento não estimulante aprovado para o tratamento do TDAH. A substância tem se consolidado como alternativa eficaz, sem risco de dependência e com bons resultados, especialmente em pacientes com comorbidades como ansiedade e depressão.
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