Formada pela UFMG, atua no jornalismo desde 2014 e tem experiência como editora e repórter. Trabalhou na Rádio UFMG e na Faculdade de Medicina da UFMG. Faz parte da editoria de Distribuição de Conteúdo / Redes Sociais do Estado de Minas desde 2022
‘Número Desconhecido’: conheça o documentário da Netflix que chocou a web
crédito: Netflix
O documentário“Número Desconhecido: Catfishing na Escola”, disponível na Netflix, viralizou nas redes sociais. Vários internautas se dizem chocados com a história real de cyberbullying contra o casal de adolescentes Lauryn Licari e Owen McKenny, naturais do Michigan, nos Estados Unidos. Os dois foram perseguidos virtualmente por mais de um ano, recebendo mensagens anônimas com teor sexual, violento e ameaças psicológicas.
O caso começou em 2020, quando Lauryn e Owen, então colegas de escola, se preparavam para uma festa de Halloween. Poucos dias antes do evento, Lauryn começou a receber mensagens de um número desconhecido, alertando que Owen terminaria o relacionamento com ela.
No início, os adolescentes não deram importância às mensagens, mas dez meses depois, os textos se intensificaram, chegando a 40 a 50 mensagens por dia, cada vez mais perturbadoras.
Os pais do casal acionaram a escola e a polícia local, que abriu investigação por assédio e perseguição online. Mesmo após o término do relacionamento, as mensagens continuaram, gerando grande impacto emocional e psicológico sobre Lauryn e Owen.
Após meses de investigação e entrevistas com colegas e familiares, o FBI rastreou o IP das mensagens e descobriu algo inacreditável: o autor era Kendra Licari, mãe de Lauryn. A revelação chocou não apenas a polícia, mas também o público, já que Kendra havia colaborado com a investigação desde o início e chegou a comentar o caso no documentário como se fosse apenas uma espectadora.
“Número Desconhecido: Catfishing na Escola” é dirigido por Skye Borgman, autora de “Sequestrada à Luz do Dia”.
Prisão e desdobramentos
Em dezembro de 2022, Kendra foi presa e posteriormente se declarou culpada de duas acusações de perseguição a menor, recebendo pena de 19 meses a 5 anos de prisão. Ela foi libertada em 8 de agosto de 2024. Durante parte do cumprimento da pena, Lauryn manteve contato com a mãe, mas depois optou por se afastar, enquanto seu pai a expulsou de casa após a revelação.
O documentário atingiu nota 6,8 no IMDb e aprovação de 76% no Rotten Tomatoes. As críticas destacam a narrativa envolvente e ritmo constante, que mantém o espectador interessado.
O documentário sobre Heath Ledger revelou que o ator criou a mania de lamber os beiços para o personagem Coringa porque queria se livrar de um transtorno. Só que acabou funcionando com perfeição. Reprodução / Batman: O Cavaleiro das Trevas
Explica-se: a prótese que Heath usava com cicatrizes soltava após um tempo se não fosse hidratada e isso obrigava a equipe a parar as gravações e esperar pelo reparo. Mas, sendo umedecida, ela ficava no lugar. As lambidas, então, foram um artifício. Divulgação
O diretor Christoper Nolan acabou absorvendo a ideia de Ledger e manteve o cacoete como característica do personagem - o que acabou funcionando, pois criou uma marca. HellaCinema/Wikimedia Commons
Os vilôes são tão importantes nas histórias em quadrinhos e no cinema quanto os heróis. E muitos deles têm um público cativo. Veja alguns vilões muito marcantes. montagem / reprodução / divulgação
Coringa: A versão de Heath Ledger para Coringa em "Batman: O Cavaleiro das Trevas" (2008) fez tanto sucesso que o ator ganhou um Oscar póstumo no ano seguinte — ele morreu meses antes do lançamento do filme. Reprodução / Batman: O Cavaleiro das Trevas
Antes, em 1989, o maior vilão das histórias do Homem- Morcego foi vivido pelo ator Jack Nicholson, no filme "Batman". divulgação
Joaquim Phoenix também encarnou uma versão ainda mais densa do vilão em "Coringa" (2019), e também venceu o Oscar de Melhor ator pelo papel. divulgação
Dr Destino - Recentemente a internet foi à loucura com o anúncio de que Robert Downey Jr. - ex-Homem de Ferro - voltará ao Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) como o vilão Doutor Destino. Instagram Robert Downey Jr
Em 2005, o vilão foi vivido pelo ator australiano Julian McMahon no filme "Quarteto Fantástico". reprodução
Thanos: Mesmo sendo um dos vilões mais recentes dessa lista, Thanos deixou sua marca no Universo Cinematográfico da Marvel. Os momentos triunfais vieram em "Vingadores: Guerra Infinita" (2018) e "Vingadores: Ultimato" (2019). Divulgação
Pinguim: Mais um vilão marcante do Batman para a conta. A primeira versão marcante do Pinguim veio em 1992, interpretada por Danny DeVito em "Batman: O Retorno". reprodução
Mais recentemente, foi a vez de Colin Farrell — irreconhecível — interpretar uma versão mais realista do vilão em "Batman" (2022). divulgação
Charada: Em "Batman: Eternamente" (1995), Jim Carrey deu vida à uma versão bem caricata do vilão nos cinemas. No entanto, o filme foi muito mal avaliado pela crítica e pelo público. reprodução
Já a versão de 2022, interpretada por Paul Dano, trouxe mais realismo e profundidade para o personagem, que é um dos vilões mais clássicos do Homem-Morcego nos quadrinhos. reprodução
Duas-Caras: Mais um vilão do Batman que teve duas versões nos cinemas: a primeira veio com Tomy Lee Jones ("MIB: Homens de Preto") em "Batman Eternamente". reprodução
Já em "Batman: O Cavaleiro das Trevas", o ator Aaron Eckhart ("Obrigado Por Fumar") interpretou um Duas-Caras cheio de camadas interessantes. Divulgação Batman
Espantalho: Em 2005, outro vilão icônico das HQs do Batman ganhou as telas do cinema em "Batman Begins": o Espantalho, vivido por Cillian Murphy ("Oppenheimer"). Reprodução
Aliás, nesse mesmo filme, o ator Liam Neeson dá vida ao enigmático líder da Liga das Sombras, Ra's al Ghul. reprodução
Duende Verde: Nem só de vilões do Batman se faz uma lista de vilões dos filmes baseados em quadrinhos. A primeira aparição do Duende Verde, interpretada por Willem Defoe em "Homem-Aranha" (2002), sem dúvidas foi uma das mais marcantes. reprodução
Dr. Octopus: Na mesma medida, o segundo filme do teioso, lançado em 2004, trouxe um Dr. Octopus incrível interpretado por Alfred Molina. reprodução
Lex Luthor: O maior vilão do Superman também teve várias versões que merecem ser relembradas. A primeira foi vivida por Gene Hackman, em "Superman" (1978), "Superman" II (1980), "Superman IV" (1987). divulgação/warner bros.
Em "Batman vs Superman: A Origem da Justiça" (2016), Jesse Eisenberg apresentou uma versão moderna e excêntrica do vilão. divulgação
General Zod: Outro dos grandes arqui-inimigos do Superman, o General Zod, foi introduzido pelas primeiras vezes em "Superman" (1978), "Superman II" (1980), pelo ator Terence Stamp. divulgação/warner bros.
Já em "O Homem de Aço" (2013), dirigido por Zack Snyder, Michael Shannon foi quem encarnou o poderoso vilão. reprodução
Bane: Famoso por ter conseguido "quebrar" o Batman nas HQs, o vilão Bane teve sua estreia nas telonas em "Batman e Robin", de 1997, com o ator Jeep Swenson. O filme foi tão mal nas avaliações que pouca gente se lembra dessa versão... reprodução
Já em "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge" (2012), o ator britânico Tom Hardy viveu uma versão bem mais "pé no chão" do temido vilão. divulgação
Aliás, Tom Hardy já deu vida a outro vilão bem famoso dos quadrinhos — nesse caso da Marvel: Venom, tradicional inimigo do Homem-Aranha. Porém, tanto no filme de 2018 quanto na continuação de 2021, o personagem ganhou uma versão mais "amigável" do que nas HQs. divulgação/sony pictures
O que é catfishing?
O documentário também ajuda a entender o conceito de catfishing, que assume contornos ainda mais graves no caso de Lauryn e Owen:
Criação de identidade falsa na internet para enganar ou manipular alguém;
Obtenção de informações pessoais da vítima;
Manipulação emocional, ameaças ou extorsão;
Quando o agressor é alguém próximo, como no caso de Kendra, a situação se torna ainda mais extrema.