
Abrir o olho com a arbitragem, desde já
"A China Azul deu um show de civilidade, de festa e, de quebra, de recorde, mais uma vez"
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Confrontos das semifinais da Copa do Brasil definidos: Cruzeiro x Corinthians e Vasco x Fluminense. Desde já, aviso à diretoria do Cruzeiro que será preciso ficar de olho na arbitragem. Teremos 3 meses até que os jogos aconteçam, mas, como o adversário azul será o Corinthians, todo cuidado é pouco, ainda mais depois do escândalo que vimos na quarta-feira, no Itaquerão, quando o Athletico-PR foi garfado.
A arbitragem tem sido a grande adversária do time celeste na temporada e todos sabemos a força que a emissora que detém os direitos de transmissão da Copa do Brasil faz para ter um carioca ou um paulista campeão. Como dois times do Rio decidem uma das semifinais, um carioca já está garantido na final. Do lado de cá, o Cabuloso, com 6 Copas do Brasil, terá que lutar contra tudo e contra todos. No Brasileirão, tomaram 10 pontos do Cruzeiro, na mão grande, pois no futebol é muito difícil bater a equipe da Toca da Raposa.
China Azul imbatível
Assim como o time do Cruzeiro, a China Azul tem dado show no Brasileirão e na Copa do Brasil. O que vimos no Mineirão na quinta-feira foi uma verdadeira aula de amor ao clube, de paixão, de espetáculo de encher os olhos. Aquele Raposão com o símbolo do Rei de Copas ficou lindo e a torcida não parou de cantar um segundo sequer. Quando já estava 2 a 0, a China Azul começou a gritar: “eu acredito”, numa alusão aos torcedores atleticanos, que tinham essa frase como máxima na Copa Libertadores de 2013. Não bastasse, pediu a entrada de Dudu, que saiu do Cruzeiro pela porta dos fundos, por não querer ser reserva, e que hoje aceita o banco, caladinho, no Atlético. Toda gozação saudável e sem violência é bem-vinda. O Mineirão estava lindo e não vi nenhuma confusão. Jogo de uma torcida só tem essa vantagem, mas que é lindo ver um estádio dividido por duas torcidas, isso é.
Dar exemplo
Se na arquibancada foi uma festa e houve paz, dentro de campo os jogadores deram um péssimo exemplo. Agressividade ao extremo, lances desleais e muita confusão. Lyanco, zagueiro atleticano, bem limitado, quer fazer média com sua torcida. Chutou uma bola com raiva nos torcedores e foi cobrado por Kaio Jorge e pelos outros jogadores. Ele precisa mostrar futebol e não aquele comportamento ruim, que incita a violência. O mesmo aconteceu com Hulk e Fabrício Bruno, que se estranharam o jogo quase todo. Num lance de falta de Hulk no zagueiro cruzeirense, eles se enfrentaram e o atleticano levou o cartão amarelo. Hulk quer apitar o jogo todo. Já Guilherme Arana, a quem considero bom jogador e que caiu de produção de forma assustadora, foi expulso por partir pra cima de Matheus Henrique, após sofrer uma falta normal de jogo. Desequilíbrio é a palavra. O Atlético precisa se reencontrar, recuperar o futebol de alguns jogadores ou renovar a equipe. Tem muito “ex-jogador em atividade” no grupo e isso afeta diretamente o desempenho em campo.
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Técnico desequilibrado
O que se espera de um comandante é que ele tenha tranquilidade para passar o que há de melhor aos seus comandados. Jorge Sampaoli é um velho conhecido da torcida brasileira e, principalmente, dos atleticanos. Um técnico que fica inquieto na área de trabalho, andando de um lado para o outro como uma barata tonta. Do outro lado, Leonardo Jardim era o oposto. Sereno, compenetrado na partida, para fazer suas mudanças no intervalo. Sampaoli, além de fraco como técnico, não sabe comandar. Saiu pela porta dos fundos por onde passou e foi a última opção da diretoria alvinegra, já que nenhum técnico procurado antes dele aceitou o convite para dirigir a equipe.
Acho um erro fazerem um contrato com ele até 2027, já que seu histórico é de ficar no máximo 8 meses no comando de uma equipe. Foi um fracasso no Flamengo, nos times europeus e na Seleção Argentina. Tomou de 4 a 0 da croácia, na Copa de 2018, e foi execrado por Messi e cia. A torcida está iludida com esse técnico que, na minha visão, vai durar pouco, por seu estilo ruim de trabalho e pela falta de cordialidade com as pessoas dos clubes nos quais trabalha.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.