Jaeci Carvalho
Jaeci Carvalho

A Arbitragem é sempre o tema principal nos clássicos

Deveríamos estar falando de KJ, Gabigol, Hulk e Everson, mas, infelizmente, a arbitragem brasileira se tornou protagonista do mal

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Não deveria ser assim. Sou de uma época em que os protagonistas eram os jogadores, os técnicos não davam coletivas após os jogos e a arbitragem quase não aparecia. De uns tempos para cá, os jogadores ficaram em terceiro plano, com os técnicos em segundo e os árbitros em primeiro. São os chamados novos tempos, onde tudo piorou. Não temos um craque em nosso futebol, um técnico brasileiro renomado – haja vista que o treinador da Seleção Brasileira, pela primeira vez na história, é um italiano –, não temos um árbitro referência. Optamos sempre pelo menos ruim, e entendo que esse é o caso de Rafael Klein, que apitará Cruzeiro x Atlético. Ah, mas tem o tal do VAR! Esse dispositivo, comandado por um árbitro, tem sido o grande vilão do nosso futebol. Veio para dirimir erros, mas, na verdade, tem cometido erros crassos, se metendo onde não deveria entrar. Na Europa, os árbitros de campo pouco ouvem o VAR. No futebol brasileiro, é ele quem decide jogos, campeonatos, tirando do árbitro de campo a responsabilidade.

A CBF não investe na preparação dos árbitros e eles não têm o menor critério. Se a bola bate na mão, sem que haja intenção do atleta em tocá-la, não é pênalti, mas não há um consenso, e já vimos vários juízes marcarem penalidade. O zagueiro é obrigado a ficar com a mão para trás, perdendo o equilíbrio, para não correr riscos. Para subir, todos precisamos abrir os braços, para um melhor equilíbrio, mas isso tem sido um dilema, pois se a bola toca no braço do atleta, o risco de marcação de uma penalidade é grande. Gente, é muito simples: se o cara pôs a mão na bola, pênalti. Se ela bateu na mão, nada a marcar. No passado, onde não existia o VAR, os árbitros tinham essa orientação. Hoje, cada um interpreta à sua maneira. Deveríamos estar falando de KJ, Gabigol, Hulk e Everson, mas, infelizmente, a arbitragem brasileira se tornou protagonista do mal. Sim, pois há tantos erros crassos, que o torcedor até duvida. Não acredito que eles sejam venais, mas afirmo que são muito ruins. A arbitragem brasileira é a pior do mundo.

O Mineirão vai estar lindo, jogo de uma torcida só, e uma vantagem gigantesca do Cruzeiro. Eu afirmei lá atrás que a CBF colocaria Rafael Klein para apitar o clássico e acertei em cheio. Que ele não apareça em campo, apite em cima dos lances e saia ao final dos 100 minutos sem ser notado. Precisamos voltar a valorizar os protagonistas de verdade, que são os jogadores. Hoje, damos uma importância gigantesca aos árbitros e treinadores e isso precisa mudar. Klein, apite com isenção, qualidade e serenidade. Não olhe cor de camisa, nem se deixe pressionar por ninguém. Atenda somente aos capitães e mostre sua personalidade nas decisões. Não se deixe levar pelo VAR, e assuma de verdade aquilo que vir no gramado. Somente assim, teremos a certeza de que a melhor equipe vai avançar, sem a ajuda de ninguém. Não queira ser protagonista de nada. Apenas apite com convicção e consciência. Não estrague um trabalho de 9 meses, por vaidade ou coisa parecida. Se você não for notado em campo, saberá que fez a melhor arbitragem do mundo. No mais, boa sorte, bom preparo físico e serenidade, acima de tudo. Aos torcedores, um bom jogo e que possamos mostrar ao Brasil que o melhor futebol está aqui nas Minas Gerais.


Jaecicarvalho do Mineirão

O Mineirão é a nossa casa, nosso templo sagrado do futebol, que já entrou na terceira idade, completando 60 anos no último dia 5. Tive o prazer de fazer o nosso programa JaeciCarvalhoEsportes direto de lá, na segunda-feira, recebendo José França, Úrsula Nogueira, Thiago Nogueira e Emanuel Carneiro, uma bandeira do nosso jornalismo. Foi uma noite diferente, pois eu jamais havia estado ali com refletores a meia luz e um silêncio absoluto. Como o nosso estádio está bonito, bem cuidado e pronto para receber o clássico de amanhã. A China Azul já o batizou como “Toca 3”, pois é ali que o Cruzeiro manda seus jogos, levanta taças e faz a torcida feliz. Que tenhamos um grande jogo. A vantagem cruzeirense é gigantesca. Há quem ache que 2 a 0 é pouco. O time de Leonardo Jardim é muito bem treinado, equilibrado e quase não sofre gols. Nunca fiquei em cima do muro em clássicos. Aposto numa vitória do Cruzeiro por 1 a 0, e na classificação às semifinais da Copa do Brasil para encarar o Corinthians, que vai avançar hoje diante do Athletico. Vai ser bonito ver o Mineirão todo azul, com recorde de público e renda. Que o árbitro não apareça e que o futebol de verdade prevaleça.

 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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