
Vic Landim transforma o Old Rio em ponte entre a memória carioca e a TV
Criador do projeto cultural conecta gerações ao passado da cidade e amplia espaço na mídia
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O Rio de Janeiro guarda em suas ruas, prédios e personagens uma parte essencial da memória brasileira. Entre cartões-postais mundialmente conhecidos e marcos históricos que já não existem mais, a cidade revela um mosaico de lembranças que atravessa gerações. Nos últimos anos, esse passado tem sido resgatado de forma criativa e acessível por Vic Landim, criador do projeto Old Rio. O que começou como uma página em redes sociais se transformou em um fenômeno digital seguido por milhares de pessoas, alcançando inclusive artistas de renome internacional e abrindo caminho para a televisão.
Mais do que revisitar o passado, Vic construiu um espaço de diálogo entre história, cultura e cotidiano, oferecendo ao público um olhar sensível sobre a cidade. A proposta conquistou espaço ao mostrar que a preservação da memória não precisa estar restrita a livros ou arquivos, mas pode ganhar nova vida no ambiente digital, alcançando jovens e adultos de diferentes gerações.
Da infância à paixão pela memória
O interesse de Vic pela história começou cedo, ainda durante a infância nos Estados Unidos. Fascinado por geografia e memória, trouxe essa curiosidade para a formação em Relações Internacionais no Brasil, que ampliou sua visão sobre política, cultura e sociedade. Essa base acadêmica se somou à experiência pessoal e moldou sua forma de narrar o Rio.
Sua primeira experiência profissional foi no portal Tô Na Fama, onde escrevia colunas que uniam lembrança e análise. Com o tempo, percebeu que as redes sociais ofereciam o espaço ideal para expandir esse trabalho. Assim nasceu o Old Rio, que de passatempo se transformou em fenômeno digital.
Old Rio: um acervo vivo
O perfil conquistou público ao compartilhar imagens antigas, vídeos raros e curiosidades da capital fluminense. Inspirado em páginas internacionais como Old London Photos e Old NYC Photos, o projeto rapidamente ganhou identidade própria e tornou-se referência cultural.
“O episódio que mais me marcou foi a demolição do Palácio Monroe. Um patrimônio destruído sem justificativa. Isso mostra que quem não conhece a história está condenado a repeti-la”, afirma.
O alcance ultrapassou fronteiras e atraiu nomes consagrados como Ney Matogrosso, Paulo Ricardo, Samuel Rosa, Carla Bruni, Lara Fabian e Dulce Pontes, que acompanham e interagem com o trabalho. “É emocionante receber o reconhecimento de artistas que sempre admirei”, diz.
Comunicação leve e acessível
Com uma linguagem entre jornalismo e entretenimento, Vic aposta em uma abordagem próxima do público. “História também pode ser leve e divertida. Quando a informação vem acompanhada de emoção, a mensagem chega mais longe”, explica.
Além dos conteúdos históricos, compartilha momentos de sua rotina com os seguidores. “Sempre fico em dúvida se devo postar isso no Old Rio, mas percebo que a mistura aproxima o público”, comenta.
Próximos passos
Entre os projetos futuros, prepara conteúdos especiais, incluindo uma série dedicada ao cantor Samuel Rosa, ex-Skank. Também projeta ampliar sua presença na televisão. “Meu maior objetivo é ter quadros fixos e levar a história do Rio e do Brasil para mais pessoas”, revela.
Aos jovens interessados em seguir um caminho semelhante, deixa uma mensagem de incentivo:
“Confiem no potencial de vocês. Corram atrás, deem sempre o melhor. Quem realmente quer, alcança.”
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.