
Leituras interessantes sobre a história do Brasil
Fiquei sabendo mais sobre D. Pedro I no livro de Paulo Rezzutti, autor da série 'A história não contada'
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Tenho procurado deixar um pouco Hitler de lado para ler coisas sobre nós, sobre o Brasil. Como o livro “D. Pedro I”, da série “A história não contada” (Record), de Paulo Rezzutti, que revirou o mundo em busca de informações verdadeiras, pouco conhecidas por aqui, sobre figuras históricas.
Ele escreveu também sobre D. Pedro II, D. Leopoldina e Domitila de Castro, a marquesa de Santos.
Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, aparece em nosso imaginário popular como personagem quase caricato: genioso, cheio de amantes e de filhos, até chegar ao Grito da Independência. Mas dele pouco se sabe. Como teria sido aquele homem?
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Quem lê “A história não contada” fica sabendo muita coisa sobre ele, que sofria de epilepsia, fato não escondido pela família. O livro traz a carta que sua primeira mulher, D. Leopoldina, escreve para a mãe, falando sobre o marido:
“Encontro em meu esposo um verdadeiro amigo e um ser nobre: em poucas palavras, quero descrevê-lo com toda a franqueza, convicta de que esta carta nunca cairá em outras mãos que não as tuas... Ele me diz tudo o que pensa, com franqueza e mesmo com certa rudeza: acostumado a que se lhe faça sempre sua vontade, tudo tem que se adaptar a ele e até tenho que aturar algumas grosserias, porém vê que me magoam e assim chora comigo. Além disso, estou convicta de que, com toda sua impetuosidade e maneira de pensar, me ama sinceramente, embora seja (devido a muitas circunstâncias infelizes em sua família) muito reservado e teimoso.
Conheço cada um de seus pensamentos para mim. Contudo, o que o torna querido e digno de proteção é o fato de continuar sendo amigo de seus amigos, mesmo que caiam em desgraça, e não poupar sacrifícios por eles, ao passo que é implacável com seus inimigos. Além disso, ele se comporta impecavelmente para com seus pais, o que é muito difícil naquela situação infeliz em que é um contra o outro.
Honro e prezo muito meu sogro, que demonstra muita bondade e amizade, o que me custa mais é estar todos os dias com certas pessoas que seriam atuais no tempo de Henrique II, rei da França, o que é terrível. Respeitarei minha sogra sempre como mãe do meu esposo, mas seu comportamento é vergonhoso, e infelizmente se vêem as tristes consequências em suas filhas menores, que têm péssima educação e com 10 anos sabem tudo como gente casada.
Minha cunhada Maria Tereza é uma verdadeira amiga e a amo muito, porém sabe Deus porque meu esposo não permite ter com ela.”
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.